segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

O coração

O Coração Humano


No ser humano o percurso do sangue bombeado pelo coração através de todo o organismo é feito em aproximadamente 45 segundos em repouso.



Coração Humano vista frontal
Coração Humano vista frontal

Neste tempo o órgão bombeia sangue suficiente a uma pressão razoável, para percorrer todo o corpo nos sentidos de ida e volta, transportando assim, oxigênio e nutrientes necessários às células que sustentam as atividades orgânicas.



Circulação, localização e posição


O coração é o órgão central da circulação, localizado na caixa torácica, levemente inclinado para esquerda e para baixo (mediastino médio), sendo constituído por uma massa contráctil, o miocárdio, revestido interiormente por uma membrana fina, o endocárdio, e envolvido por um saco fibro-seroso, o pericárdio.



Coração Humano vista posterior

Coração Humano vista posterior

O coração é constituído por duas porções: a metade direita ou coração direito, onde circula o sangue venoso e a metade esquerda, onde circula sangue arterial. Cada uma destas metades do coração é constituída por duas cavidades, uma superior - o átrio - e uma inferior - o ventrículo. Estas cavidades comunicam entre si pelos orifícios auriculo-ventriculares. Os dois Átrios encontram-se separadas pelo septo interauricular e os dois ventrículos pelo septo interventricular.
Na cavidade atrioventricular esquerda encontra-se a válvula mitral, e no orifício atrioventricular direito a válvula tricúspede (são válvulas que se abrem em direção ao ventrículo e se fecham para evitar o refluxo do sangue). A circulação sanguínea é assegurada pelo batimento cardíaco, ou seja, o batimento do coração, que lança o sangue nas artérias. O coração é um órgão musculoso que, no Homem, tem o tamanho aproximado de um punho cerrado.



Constituição


A parte musculosa do coração tem o nome de miocárdio ou músculo cardíaco.



Algumas artérias coronárias do coração Humano

Algumas artérias coronárias do coração Humano

O coração humano apresenta quatro partes ou cavidades: na parte superior estão as aurículas, divididas entre a direita e a esquerda, na parte inferior estão os ventrículos, também direito e esquerdo.


Na metade direita do coração só circula sangue venoso, na esquerda sangue arterial. A circulação do sangue nestas quatro cavidades está controlada pelas válvulas. As válvulas também servem de meio de comunicação entre as aurículas e os ventrículos.


A parte direita do coração está separada da parte esquerda por um septo.


O pericárdio é a membrana que reveste todo o coração.



Funcionamento


O coração está constantemente a contrair e a relaxar, para bombear todo o sangue do nosso corpo. É uma bomba hidráulica, em que os tubos de saída são as artérias e os tubos de entrada as veias; o líquido que anda a circular é o sangue. Seu sincronismo atua como se fossem duas bombas trabalhando simultaneamente. Uma das bombas engloba a aurícula e o ventrículo direitos e a outra a aurícula e o ventrículo esquerdos. A função da aurícula e do ventrículo direitos é arrastar o sangue para os pulmões, onde se liberta o dióxido de carbono e se fornece de oxigénio. Por outro lado, a aurícula e o ventrículo esquerdos têm o trabalho de arrastar o sangue enriquecido de oxigênio para todas as partes do corpo.



Infarto agudo do miocárdio (IAM) ou enfarte agudo do miocárdio, popularmente conhecido como ataque cardíaco, é o processo de morte (necrose) de parte do músculo cardíaco por falta de aporte adequado de nutrientes e oxigênio.




A causa habitual da morte celular é uma isquemia (deficiência de oxigênio) no músculo cardíaco, por oclusão de uma artéria coronária. A oclusão se dá em geral pela formação de um coágulo sobre uma área previamente estreitada por aterosclerose.

O diagnóstico definitivo de um infarto depende da demonstração da morte celular. Este diagnóstico é feito de maneira indireta, por sintomas que a pessoa sente, por sinais de surgem em seu corpo, por alterações em um eletrocardiograma e por alterações de certas substâncias (marcadores de lesão miocárdica) no sangue.


O tratamento busca diminuir o tamanho do infarto e reduzir as complicações pós infarto. Envolve cuidados gerais como repouso, monitorização intensiva da evolução da doença, uso de medicações e procedimentos chamados invasivos, como angioplastia coronária e cirurgia cardíaca. O tratamento é diferente conforme a pessoa, já que áreas diferentes quando a localização e tamanho podem ser afetadas, e resposta de cada pessoa ao infarto ser particular.


O prognóstico, ou seja, a previsão de evolução, será tanto mais favorável quanto menor a área de infarto e mais precoce o seu tratamento.


O IAM é a principal causa de morte nos países industrializados. Das mortes consequentes a um infarto, a maior parte é rápida, na primeira hora, em geral por uma arritmia severa chamada de Fibrilação ventricular. Nos Estados Unidos, cerca de 25% das mortes são devidas a este problema, o que dá um número absoluto em torno de um milhão e quinhentas mil pessoas a cada ano. Um em cada 25 pacientes que tem alta hospitalar morre no primeiro ano pós infarto. A mortalidade pós infarto é diferente conforma a faixa etária, sendo maior nas faixas etárias mais avançadas.



Causas


O suprimento de sangue para o coração é feito através das artérias coronárias, que surgem diretamente da artéria aorta na válvula aórtica, preferencialmente chamada de valva semilunar aórtica ou valva semilunar esquerda. São duas as principais artérias coronárias: a artéria coronária direita e a artéria coronária esquerda que logo se bifurca em duas grandes artérias, a artéria descendente anterior e artéria circunflexa.



Mecanismos de oclusão


A interrupção do suprimento ou fluxo sangüíneo para o músculo cardíaco é causada pela obstrução de uma artéria coronária ou de um de seus ramos. A obstrução é causada mais freqüentemente pela formação de um coágulo (ou trombo) sangüíneo sobre uma placa aterosclerótica no interior de uma das artérias coronárias. Este trombo costuma ocorrer sobre uma placa aterosclerótica que sofreu alguma alteração , como a formação de uma úlcera ou a ruptura parcial da placa. Esta placa, antes da alteração que a instabilizou, pode ser suficientemente pequena para passar desapercebida pelos métodos habituais de diagnóstico. Ou seja, um paciente com "exames normais" pode vir a ter um infarto do miocárdio por um processo muito breve, as vezes de poucos minutos.



Uma placa é considerada vulnerável (ou imatura) quando apresenta risco de ruptura. Quando a placa apresenta uma cápsula espessa (placa madura) torna-se menos propensa a ruptura. Não existe um método aceito para determinar qual placa é vulnerável e qual não, mas, após necrópsias, se verificou que as placas com propensão a romper costumam ter mais conteúdo de lipídeos e menos fibrose.
Quando ocorre a ruptura da placa, existe exposição de colágeno e fragmentos de tecido conjuntivo da região subendotelial. As plaquetas, celulas do sangue, se aderem e se agregam ao local da ruptura. As plaquetas liberam subtâncias que desencadeiam o processo de coagulação, resultando na formação do trombo.


Conseqüências da oclusão


A falta de circulação impede a chegada de nutrientes e de oxigênio (isquemia) ao território arterial a jusante. A isquemia determina redução imediata e progressiva da contratilidade do miocárdio. A dinâmica da movimentação normal de íons, em especial potássio, cálcio e sódio, começa a se alterar. Isto gera uma instabilidade elétrica.



Como o ritmo cardíaco depende deste fluxo de íons e elétrons, podem ocorrer arritmias já precocemente no infarto. A morte nesta fase do infarto não costuma ser por que não existe força nos músculos, mas por que os músculos perdem a capacidade de trabalhar coordenados, tornando-se ineficientes. São músicos sem maestro.


  • A partir de 20 minutos de oclusão, parcelas progressivamente maiores do miocárdio entram irreversivelmente em necrose. Essa inicia-se na região subendocárdica, metabolicamente mais ativa, estendendo-se para a epicárdica sob a forma de uma “onda de necrose”, completando-se em cerca de 6 horas.


Na ausência de adequada circulação colateral, 50% da massa miocárdica em risco sofre necrose na primeira hora e 70% em 3 a 4 hs.


Reperfusão coronária


Tratamento que visam recuperar a circulação (reperfusão) até 6 horas após a oclusão permitem o salvamento das células sob risco que ainda não necrosaram. Como o processo é contínuo, quanto mais preoce a intervenção, mais músculo é salvo no final do processo. Por outro lado, a reperfusão acelera a necrose daquelas células que apresentam lesões irreversíveis, porém não parece acrescentar riscos adicionais àquelas com lesões reversíveis. A reperfusão instabiliza ainda mais o coração, mas suas complicações são tratáveis em Unidades de Terapia Intensiva especiais, as (Unidades coronarianas).



São riscos da reperfusão:


  • Lesão celular letal em células ainda viáveis.
  • Lesão vascular pelo fenômeno de no-reflow e perda da reserva vasodilatadora
  • Miocárdio atordoado, que é uma prolongada disfunção contrátil pós-isquêmica.
  • Arritmia de reperfusão, associada a sobrecarga de influxo de cálcio celular no tecido necrótico e à produção de radicais livres


Remodelação ventricular


O grau de disfunção ventricular esquerda é um dos fatores de risco mais importantes na sobrevida pós IAM. Cerca de 30% a 50% dos pacientes apresentam sinais de dilatação ventricular, dependendo do local e extensão do infarto, da perviabilidade ou não da artéria ocluída, da intensidade da circulação colateral e dos fatores que aumentam a tensão ventricular.


A remodelação começa dentro de horas e continua por vários meses, mesmo após a cicatrização histológica da área infartada, a qual dura de seis semanas a seis meses. No processo de remodelação observa-se a expansão da área infartada, fenômeno precursor de aneurisma ventricular. Essa remodelação dependerá do tamanho e da transmuralidade do infarto, do processo de cicatrização adequado, da intensidade das forças mecânicas que atuam sobre a parede ventricular.



Diagnóstico


A Organização Mundial de Saúde determina que para o diagnóstico de EAM é necessária a presença de critérios diagnósticos em três áreas:



  1. Clínica
  2. Eletrocardiográfica.
  3. Bioquímica




Critérios clinicos



Sintomas

O sintoma mais importante e típico do IAM é a dor ou desconforto intenso retroesternal (atrás do osso esterno) que é muitas vezes referida como aperto, opressão, peso ou queimação, podendo irradiar-se para pescoço, mandíbula, membros superiores e dorso. Freqüentemente esses sintomas são acompanhados por náuseas, vômitos, sudorese, palidez e sensação de morte iminente. A duração é característicamente com duração superior a 20 minutos. Dor com as caraterísticas típicas, mas com duração inferior a 20 minutos sugere angina do peito, onde ainda não ocorreu a morte do músculo cardíaco. Pacientes diabéticos, idosos e as mulheres têm maior probabilidade de apresentarem uma dor ou desconforto atípico, ou seja, com características e intensidade diferentes da descrição acima. É possível a ocorrência de IAM sem dor. Este é o chamado infarto silencioso. Um infarto silencioso só será identificado na fase aguda se, por coincidência, um eletrocardiograma ou uma dosagem de enzimas cardíacas for feita enquanto ele ocorre. Os achados dependerão da extensão do infarto. Na maioria das vezes os pacientes apresentam-se desconfortáveis, ansiosos, com sinais de liberação adrenérgica. Naqueles em que a área necrosada supera os 40% da massa ventricular esquerda têm alto risco de evoluírem com Insuficiência cardíaca, edema agudo de pulmão e choque cardiogênico.



A ausculta cardíaca é pouco específica no infarto

A ausculta cardíaca é pouco específica no enfarte


Sinais



Classificação de Killip

Classificação baseada em dados clínicos que permite estudar a gravidade da insuficiência ventricular nos pacientes com IAM é bastante usada na avaliação da mortalidade em geral.




Critérios eletrocardiográficos



Alterações morfológicas


Ondas e segmentos do eletrocardiograma

Ondas e segmentos do eletrocardiograma

Achados eletrocardiográficos são fundamentais no diagnóstico de EAM.



  • Na suboclusão é freqüente a presença de onda T invertida ou depressão no ponto J.
  • Nos quadros oclusivos há supradesnivelamento do segmento ST em duas ou mais derivações contíguas e alterações difusas da repolarização. Se houver necrose pode ocorrer deflexão negativa inicial do complexo QRS e se torna progressivamente mais proeminente.
  • O eletrocardiograma inicial não é diagnóstico em 40% ou mais dos pacientes com infarto agudo, mas os achados eletrocardiográficos em seqüência permanecem como os pilares do diagnóstico. Podem ocorrer infartos sem as alterações agudas ou mesmo sem nenhuma alteração. Tais casos podem ser indiagnosticáveis na fase aguda.


Localização (topografia)

A depender da região topográfica acometida, as alterações eletrocardiográficas aparecerão em derivações distintas:



  • Região ântero-septal do ventrículo esquerdo - derivações V1 a V3
  • Ápice do ventrículo esquerdo - derivações de V4 a V6
  • Parede lateral do ventrículo esquerdo - derivações V5, V6 e aVL
  • Parede inferior do ventrículo esquerdo - derivações II, III e aVF.




Critérios bioquímicos (enzimáticos)


Os marcadores de necrose miocárdica têm dupla função na avaliação do IAM, têm efeito diagnóstico e também na avaliação prognóstica. Em decorrência da isquemia prolongada a membrana celular perde sua integridade permitindo a saída para o meio extracelular de macromoléculas, possibilitando a dosagem sérica das mesmas. Dentre as mais importantes podemos citar:



  • Creatinofosfoquinase (CK) e Fração MB da Creatinofosfoquinase (CK-MB). A CK-MB é mais específica para diagnóstico de necrose miocárdica, sendo sua curva característica, obtida pela dosagem seriada, padrão para diagnóstico de IAM.
  • Troponinas T e I - não são detectadas em indivíduos normais, sendo que sua elevação, mesmo mínima, pode significar algum grau de lesão miocárdica (microinfartos). Uma dosagem negativa de troponina não afasta diagnóstico de IAM, devendo-se repetir essa avaliação após 10 a 12 horas do inicio dos sintomas.
  • Mioglobina – seu principal papel no diagnóstico de IAM decorre de seu valor preditivo negativo (variando de 83% a 98%)

Na prática clínica são utilizados as troponinas e a CK-MB nas 12 primeiras horas para diagnóstico e avaliação de pacientes com suspeita de síndromes coronariana agudas e o acompanhamento da curva de CK-MB nos paciente com diagnóstico de enfarte.



Outros métodos



Ecocardiograma


Corte 4 câmaras em ecocardiografia

Corte 4 câmaras em ecocardiografia

A ecocardiografia freqüentemente evidencia comprometimento miocárdico segmentar, ou seja um segmento do coração não contraindo devidamente. O ecocardiograma com Doppler obtido na beira do leito em pacientes com diagnóstico ou suspeita de infarto agudo do miocárdio tornou-se procedimento rotineiro de grande utilidade em centros que dispoem desta facilidade. Na emergência o método presta-se, de início, ao diagnóstico diferencial da dor torácica, afastando a possibilidade de outras patologias como estenose aórtica, hipertensão pulmonar aguda, prolapso da valva mitral, pericardites com derrames, entre outras. O Ecocardiograma é ainda mais relevante nos casos de IAM complicados com insuficiência cardíaca ou choque cardiogênico, por permitir identificar as causas destas complicações e acompanhar sua evolução.



Estudo angiográfico (cateterismo)

A angiografia é um exame bastante útil para visualização direta de vasos acometidos. Permite visualizar a artéria (ou as artérias) ocluída e o grau de oclusão. Este grau de oclusão é expresso por porcentagem de estenose, que é feito pela comparação do segmento mais estreitado com o segmento distal ou proximal de espessura normal.


Um estreitamento maior que 70% do diâmetro é considerado significante. Estreitamentos menores do que este grau não costumam provocar alterações importantes no fluxo coronário, não sendo provaveis causas do infarto. O procedimento costuma ser seguro, mas está sujeito a sérias complicações. É exame imprescindível quando se tentará restituir o fluxo de sangue a área de infarto, seja por Angioplastia, seja por Cirurgia. Não é feito apenas quando o risco de sua realização é maior que o possível benefíco que traria.


Complicações


O enfarte é um processo de necrose, morte celular. Imediatamente após sua ocorrência se inicia o processo de cicatrização local e readaptação do miocárdio restante as necessidades do corpo. Se não sugirem complicações, após alguns meses o processo cicatricial estará completo.



  • Podem, no entretanto, ocorrer outras doenças decorrentes do enfarte. São as chamadas complicações pós enfarte.
  • Sua gravidade se encontra dentro de uma faixa bem ampla de possibilidades, desde a morte súbita ou incapacidade permanente, até a ausência total de conseqüências para a vida futura do infartado.

São complicações possíveis:




Tratamento



Tratamento geral


Devem-se levar em conta as características da dor, os antecedentes de doença cardiovascular, idade e fatores de risco na determinação da conduta inicial do paciente ao serviço médico. Com base nessa clínica, no ECG e nos marcadores séricos de necrose, obtém-se a estratificação inicial do risco para óbito ou IAM. Medidas básicas iniciais devem incluir: obtenção dos sinais vitais, oxigenação por cateter ou máscara, obtenção de acesso venoso, monitorização do risco cardíaco e saturação de O2, administração de 200mg de aspirina por via oral, nitrato sublingual 5mg, obtenção de ECG, administração endovenosa de morfina em situações de dor intensa sem melhora com nitrato. Pacientes candidatos a terapêutico para recanalização coronariana, farmacológica ou mecânica são aqueles em que o ECG mostra-se supradesnivelamento do segmento ST que não reverte após a administração de nitrato ou com bloqueio completo de ramo esquerdo novo. Paciente de alto risco para IAM, que devem ser encaminhado para Centros de Terapia Intensiva, são aqueles cujo ECG se mostra com um infradesnivelamento do segmento ST além de 1 mm ou ondas T invertidas com alta voltagem em múltiplas derivações. Alternativa para esses paciente é o uso de drogas endovenosas para estabilização de quadro clínico e o estudo cinecoronariográfico precoce em até 24 horas (imediatamente em casos refratário a medicação inicial). O tratamento farmacológico se faz com várias drogas atuantes em diferentes mecanismos da doença. Dentre os antiplaquetários podemos destacar a Aspirina (ação por inibição da ciclooxigenase no metabolismo do ácido aracdônico), os derivados tienopiridínico (antagonistas da ativação plaquetária mediada pelo ADP, clopidrogel, ticlopidina) e os antagonista dos receptores glicoprotéicos IIb-IIIa (abciximab). Dezenas de estudos já comprovaram os efeitos benéficos da aspirina como conduta inicial, correlacionada com o menor grau de mortalidade, associada ou não a estreptoquinase.


Outra classe de medicamento útil no IAM são os antitrombínicos que têm ação sinérgica com os antiplaquetários. Podemos destacar as heparinas que atuam acelerando a ação da antitrombina circulantes, precipitando a inibição da trombina IIa e dos fatores IX e Xá. Medicamentos antiisquêmicos têm função importantíssima no controle da sintomatologia do paciente. Os Nitratos têm seus efeitos benéficos através da redução da pré-carga e pós-carga, diminuindo o consumo de oxigênio, atuam também por diminuição do vasoespasmo coronariano e tem potencial inibição da agregação plaquetária. Os Betabloqueadores diminuem o consumo de oxigênio pelo miocárdio, controlando a freqüência cardíaca e a pressão arterial, reduzindo a contratilidade. Podemos destacar metoprolol, propranolol. As contra indicações do seu uso é o broncoespasmo, hipotensão, bradiarritmias e insuficiência ventricular esquerda. Também são medicamentos bastante estudados em pesquisas multicêntrincas, que determinaram uma diminuição significativa em casos de rinfarto e óbito.


Antagonistas dos canais de cálcio atuam bloqueando a entrada de cálcio nas fibras miocárdicas, reduzindo a contratilidade e, consequentemente o consumo de oxigênio, atuam também nas paredes de vasos promovendo a vasodilatação e melhorando o fluxo coronariano para áreas isquêmicas. Inibidores da Enzima convertora da Angiotensina (iECA) têm se mostrado benéfico na prevenção de óbito, infarto e AVC em pacientes com doenças ateroscleróticas prévias com comprometimento coronariano. Também se beneficiam os portadores de cardiopatia isquêmica na medida em que controlam a hipertensão arterial, e são essenciais no tratamento da insuficiência cardíaca.4 Três estudos multicêntricos conseguiram demonstrar os benefícios dos iECA na prevenção da mortalidade a curto prazo.



Tratamento de reperfusão


É importantes salientar que o tratamento do paciente com IAM já instalado baseia-se na reperfusão cardíaca precoce e restabelecimento da vitalidade das artérias coronarianas. Nesta etapa o tratamento é múltiplo e com abordagem farmacológica e cirúrgica. Os trombolíticos devem ser usados precocemente, até 6 a 12 horas do início da sintomatologia, com cuidado para as contra-indicações absolutas: AVC hemorrágico prévio, neoplasia intracraniana conhecida, sangramento interno e suspeita de dissecção de aorta. Cuidado também para com os pacientes de idade acima de 75 anos pelo aumento de risco de AVC. Atualmente na prática clínica existem duas drogas trombolíticas para uso de rotina, a estreptoquinase e ativador tecidual de plasminogênio (t-PA). Uma vantagem da estreptoquinase é seu baixo custo. Deve-se evitar nova administração desse trombolítico por pelo menos 2 anos devido a chance de alergia, não se associa a heparina de rotina devido ao risco aumentado de sangramentos. Os t-PA devem ser usados em infusão acelerada e combinada com heparinização plena, é o trombolítico mais eficaz para recanalização coronária precoce, obtém-se maior patência do vaso em curto período de tempo. Seus custos ultrapassam bastante aos da estreptoquinase e com riscos ligeiramente maiores para hemorragia intracraniana.



Angioplastia por balão

Angioplastia por balão

Outra abordagem no paciente com IAM é a angioplastia primária, realizada entre 6 a 12 horas de início dos sintomas. Essa terapêutica é uma alternativa ao tratamento com trombolíticos para reperfusão imediata do miocárdio isquêmico. A taxa de abertura da artéria ocluída é significantemente maior com a angioplastia primária do que com trombolítico. No entanto, a tradução dessa vantagem em benefício clínico não tem mesma magnitude. Importantes estudos revelam que pacientes tratados com angioplastia primária têm menos incidência de morte, reinfarto e doença cerebrovascular agudas aos 30 dias do infarto, mas que em 6 meses a 1 ano essa vantagem desaparece. Contudo, mesmo no pior quadro, a angioplastia primária é no mínimo equivalente à terapia trombolítica e pode ser indicada formalmente se o paciente tem contra-indicação a esta última. A vantagem da angioplastia em relação a terapia trombolítica são:



  • Patência arterial precoce superior a 90%
  • Melhor manutenção de fluxo coronariano pleno.
  • Menor lesão de reperfusão
  • Melhora da função ventricular
  • Redução da mortalidade no choque cardiogenico
  • Redução das taxas de reoclusão, reinfarto e mortalidade hospitalar.
  • Menores taxas de mortalidade, de eventos isquêmicos e de insuficiência cardíaca em longo prazo.
  • Menor risco de sangramento e AVC.

A angioplastia de salvamento é recomendada nos casos de insucesso do tratamento trombolítico, caracterizado principalmente como persistência do supradesnivelamento de ST e/ou da dor precordial. O advento dos stents e o uso de potentes antiplaquetários têm contribuído para um sucesso ainda maior da angioplastia. 4 Estudos comparativos demonstraram as vantagens do tratamento angioplástico em relação ao trombolíticos, em se tratando de morte por reinfarto.









Angioplastia Coronária (Tratamentos)



Técnica de tratamento da doença coronária efectuada por via percutânea, através de cateterismo cardíaco, consistindo basicamente na desobstrução do lúmen da artéria mediante dilatação das placas de aterosclerose.

Este procedimento pode ser simples e rápido ou mais complexo e moroso, dependendo das situações.

As lesões que condicionam obstrução inferior a 50% do lúmen do vaso não são clinicamente significativas, não tendo habitualmente indicação para tratamento; as lesões que condicionam obstruções iguais ou superiores a 70% têm geralmente indicação para tratamento; as lesões intermédias (50% a 70%) poderão ou não ter indicação para tratamento, dependendo de uma série de factores, como a sua localização e complexidade.

Múltiplas são as técnicas utilizadas, sendo as mais frequentes a dilatação com balão e a colocação de stent intracoronário.

O stent é uma malha metálica que uma vez colocada na artéria fica definitivamente ali localizada, servindo de suporte à parede da mesma e reduzindo francamente a probabilidade de Restenose.

Restenose é o reaparecimento da obstrução no local previamente tratado por angioplastia, e que é francamente inferior quando se utiliza um stent, relativamente À angioplastia de balão.




Imagem representando uma coronária com placa de aterosclerose importante e angioplastia mediante a utilização de balão:
A. posicionamento do balão;
B. Insuflação do balão com dilatação da lesão;
C. resultado final






Imagem representando uma coronária com placa de aterosclerose importante e angioplastia mediante a utilização de um stent:
A. Coronária com placa de atrosclerose importante;
B. posicionamento do stent;
C. Insuflação do balão com dilatação da lesão e do stent;
D. resultado final com o reposição do fluxo sanguíneo normal

SINÓNIMOS

PTCA - Percutaneous Transluminal Coronary Angioplasty
ACTP – Angioplastia Coronária Transluminal Percutânea
PCI – Percutaneous Coronary Intervention
ICP – Intervenção Coronária Percutânea.


Fonte: Clínica do Coração


A dor torácica típica



No EAM ou na crise de angina instável a dor geralmente se inicia em repouso, sem relação com esforço, é mais prolongada, não melhora completamente com nitratos ou repouso, é acompanhada de sudorese, palidez e falta de ar.













Irradiação típica


Irradiações menos comuns

Figuras adaptadas de - Braunwald - Heart Disease, a textbook of cardiovascular medicine


O que são as doenças cardiovasculares?


De um modo geral, são o conjunto de doenças que afectam o aparelho cardiovascular, designadamente o coração e os vasos sanguíneos.


  1. As doenças cardiovasculares representam a principal causa de morte no nosso país e são também uma importante causa de incapacidade.
  2. Devem-se essencialmente à acumulação de gorduras na parede dos vasos sanguíneos – aterosclerose – um fenómeno que tem início numa fase precoce da vida e progride silenciosamente durante anos, e que habitualmente já está avançado no momento em que aparecem as primeiras manifestações clínicas.
  3. As suas consequências mais importantes – o enfarte do miocárdio, o acidente vascular cerebral e a morte – são frequentemente súbitas e inesperadas.
  4. A maior parte das doenças cardiovasculares resulta de um estilo de vida inapropriado e de factores de risco modificáveis.
  5. O controlo dos factores de risco é uma arma potente para a redução das complicações fatais e não fatais das doenças cardiovasculares.

Quais são os factores de risco?


Tabagismo


Sedentarismo


Diabetes Mellitus e obesidade


Maus hábitos alimentares


Hipercolesterolemia


Hipertensão Arterial


Stress excessivo


Quais são as formas de prevenção das doenças cardiovasculares?


É possível reduzir o risco de doenças cardiovasculares através da adopção de um estilo de vida mais saudável:



  • Deixe de fumar;
  • Controle regularmente a sua pressão arterial, o seu nível de açúcar e gorduras no sangue;
  • Tenha uma alimentação mais saudável, privilegiando o consumo de legumes, vegetais, fruta e cereais;
  • Pratique exercício físico moderado com regularidade;
  • A partir de uma determinada idade (50 anos para as mulheres e 40 anos para os homens) é aconselhável a realização de exames periódicos de saúde;
  • A prevenção deve começar mais cedo para os indivíduos com história familiar de doença cardiovascular precoce ou morte súbita.

A Sua Saúde depende de Si!

Deixa de lado os velhos maus hábitos e adopte um estilo de vida mais saudável. Esse é o caminho que vem permitindo a milhões de pessoas com problemas cardíacos em todo o mundo levarem uma vida normal, com saúde para o trabalho, o estudo, o lazer, o amor e tudo o mais que preenche o seu dia-a-dia.

Pode parecer difícil à primeira vista, mas vale a pena insistir nessa mudança de hábitos. Com o tempo, a nova rotina estará totalmente incorporada ano seu dia-a- dia, apesar da sua doença cardiaca, você poderá desfrutar de saúde e qualidade de vida por muito mais tempo.

Conheça a seguir cada um dos fatores de risco e como pode melhorar a sua qualidade de vida.

Fatores que pode mudar (ambientais): colesterol elevado, pressão arterial elevada, diabetes, obesidade, tabagismo, estresse, falta de exercícios fisicos, ingestão excessiva de alcool e drogas (cocaína).

Fatores que você não pode mudar (genéticos): familiares com doença arterial coronariana, sexo e idade (o sexo masculino tem maior risco até a mulher chegar na menopausa. A partir daí os riscos são praticamente iguais).

  • Colesterol

Presente nos alimentos de origem animal, o colesterol é uma gordura essencial para o organismo. Porém, o excesso dessa gordura no sangue pode causar o entupimento dos vasos sanguíneos, aumentando os riscos de um enfarte agudo do miocardio. O colesterol é insolúvel no sangue,para que ele possa ser transportado no organismo liga-se a proteinas, formando substâncias chamadas lipoproteínas. São duas as lipoproteínas relacionadas a doenças cardiovasculares:

- LDL-colesterol, também chamada de mau colesterol, que transporta a gordura até a parede das artérias, quando em excessoé responsável pela formação de depósitos no interior das artérias formando placas-aterosclerose.
- HDL-colesterol, ou bom colesterol, que remove o excesso de gordura da parede arterial e a leva de volta para o fígado para aí ser metabolizado.

É por isso importante saber que quando se mede o colesterol total nas análises de sangue este é a soma do HDL+LDL e ainda todo o restante colesterol que circula no sangue ligado a outras particulas (em menor quantidade).

- Os Triglicéridos - Formam a maior parte das gorduras alimentare, na sua constituição entram ácidos gordos, que se dividem em três tipos segundo a sua composição quimica: - Saturados, - monoinsaturados, - e polinsaturados.

Valores recomendados para a MAIORIA das pessoas

Gordura no sangue Valor Recomendado (mg/dl)
Colesterol Total ------------------------------------- Menos de 190
Colesterol LDL----------------------------------------Menos de 115
Colesterol HDL----------------------------------------Homem- mais de 40

----------------------------------------Mulher - mais de 50
Trigglicéridos------------------------------------------Menos de 150

Valores recomendados para pessoas De Alto Risco: diabéticos, com doença cardiovascular ou pessoas com risco cardiovascular

Gordura no sangue Valor Recomendado (mg/dl)

Colesterol Total ------------------------------------- Menos de 175

Colesterol LDL----------------------------------------Menos de 100

As gorduras dos animais são gorduras saturadas a sua ingestão está relacionada com o aumento do colesterol e aumenta o risco cardiovascular.

As gorduras vegetais contêm geralmente ácidos gordos polinsaturados( a maioria dos óleos alimentares) ou monoinsaturados (o azeite), que não aumenta o risco cardiovascular.

Quais são as causas do Colesterol Elevado?

Alimentação - o colesterol no sangue aumenta com uma alimentação contendo muitas gorduras saturadas, a gordura da carne, leite e derivados.Também as gorduras vegetais quando sugeitas a altas temperaturas ou manipulações industriais(fritos,pré-cozinhados) podem transformar-se em gorduras saturadas. A gema do ovo é muito rica em colesterol.

Excesso de peso - leva a um aumento do colesterol no sangue.

Idade - os Valores de colesterol aumentam com a idade, provavelmente causa de uma certa deficiencia dos mecanismos de trnsformação do colesterol no organismo.

Menopausa - as mulheres em idade de menopausa aumenta o colesterol no sangue provavelmente por uma deficiencia hormonal( em estrogenios) própria desta fase do ciclo vital.

Doenças- certas doenças como sendo a diabetes, insuficiencia renal ou doenças da tiroide levam a um aumento do colesterol no sangue.

Hereditariedade - Em muitas pessoas a causa do colesterol elevado é hereditária, tem a ver com produção em excesso de colesterol pelo fígado ou por dificuldade na sua utilização.

Como se Trata o Colesterol Elevado?

É fundamental uma alimentação com redução de gorduras saturadas, aumento da ingestão de fruta legumes e alimentos com fibras.

O exercício físico ajuda a emagrecer e aumenta o bom colesterol(HDL).É muito importante manter um nível de actividade física, adequado à idade e situação clinica.

Correcção de outros factores como sendo a hipertensão e tabagismo. O tabaco faz diminuir o "bom" colesterol.


A dieta que se recomenda é no sentido de evitar alimentos gordos (frituras, carnes vermelhas, crustáceos, ovos, leite, derivados e manteigas gordas). Dê preferência a alimentos com baixo teor de gordura (aves sem pele, peixes, vegetais de folhas verdes, frutas e grãos integrais, leite e derivados magro).


Para algumas pessoas, a combinação da dieta e do exercício físico só por si não são suficientes para normalizar os níveis de colesterol no sangue, nesses casos o seu médico prescreverá um medicamento ou associação de medicamentos para controlar o colesterol para valores recomendados.
Existem várias opções de remédios que ajudam no controle do colesterol. Os mais comuns agem:

- diminuindo a velocidade de produção das proteínas LDL;
- aumentando as taxas do bom colesterol (HDL).

  • Hipertensão Arterial

A hipertensão arterial (ou pressão alta) impões um esforço ao coração e aos vasos sanguíneos, contribuindo para o aparecimento ou o agravamento de problemas cardíacos. O sal contém sódio, elemento que pode causar retenção de líquido e aumentar a pressão arterial.

A pressão arterial é a pressão com que o sangue percorre as nossas artérias, esta não deve ultrapassar certos limites, quanto mais altos maior é o risco de originar complicações.Quanto maior for a pressão do sangue maior é o risco de que as artérias se tornem incapazes de transportar o oxigenio e oalimento às nossas ceculas, porque ficam rígidas com o interior com fissuras e placas de gordura,- aterosclorose- o que dificulta a passagem do sangue, ou podem mesmo rebentar.

A dificuldade de chegada de sangue para as ceculas do coração dá origem à angina de peito e ao enfarte do miocardio, se as arterias se romperem ou não conduzirem o sangue às celulas do cérebro surgirão as hemorragias e os AVC, vulgarmente chamados de tromboses.

Mas a pressão arterial elevada pode afectar qualquer outro orgão como sendo os rins, a retina, membros inferiores.

As consequencias da hipertenão arterial nas arterias são piores se se estiverem presentes outros factores de risco como sendo tabagismo, colesterol elevado menopausa, sedentarismo.

É possivel melhorar a qualidade de vida e a longevidade das pessoas com hipertensão arterial com algumas medidas simples.

Quais são as causas da Hipertensão Arterial?

São muitos os factores que podem levar à hipertensão arterial, por isso se diz que a é uma doença multifactorial. A carga genética é um dos factores muito importantes, outros factores é o consumo exagerado de sal, obesidade, falta de exercício físico, ingestao de álcool e stress. Estamos assim perante hipertensão arterial primária ou essencial.

Em raros casos existe uma causa única ou principal a chamada hipertensão arterial secundária.Há certas doenças que podem provocar este tipo de hipertensão, doença dos rins ou das artérias renais, algumas doenças endócrinas (da supra-renal ou da tiroide), e a coartação da aorta são exemplos de de doenças que podem provocar este tipo de hipertensão bem como o consumo de certos medicamentos.

Como se Trata a Hipertensão Arterial?

A prevenção é o melhor tratamento, adquira o hábito de medir a pressão arterial.

A alimentaçãoe o exercício físico são os pilares para controlar a tensão arterial. A redução da ingestão de sal ajudam a prevenir e a controlar a hipertensão arterial. Tente substituí-lo com combinações de temperos e ervas.

Evite os alimentos processados e industrializados. De forma prática, evite: enlatados, presunto, salame e umbutidos, envidrados, e queijos gordos ou meio gordos em geral. Apiritivos com sal, batatas fritas, bacalhau (seco), azeitonas, pickles, bolachas, pão salgado,concentrado de tomate, molhos.

Dê preferencia à dieta balanceada.
Excesso de açucar, doces e gorduras pode fazer com que você ganhe peso. Diminua a quantidade ingerida. Conhecidos como carboidratos, os alimentos ricos em amido são excelentes fontes de energia e nutrientes. A maioria deles pode ser encontrada no grupo grãos e cereais. Grãos integrais, farelo de trigo, frutas e vegetais são alguns alimentos ricos em fibra. Eles ajudam a regular as funções intestinais e a reduzir os níveis de colesterol.

A hipertensão é uma doença cronica que tem tratamento diversificado consoante o paciente e patologias associadas, hoje há uma larga escolha de medicamentos capazes de baixar a pressão arterial consoante o seu caso. Tome sempre a medicação consoante lhe é prescrito, a eficácia dos medicamentos aumenta com a sua toma regular. Esteja atento a possiveis sintomas causados pela medicação, consulte o seu médico assistente em vêz de parar o tratamento.

O excesso de peso contribui diretamente para o aumento da pressão arterial e dos níveis de colesterol e também pode propiciar o surgimento do diabetes.

A diabetes é uma doença que impede o organismo de processar adequadamente os açucares contidos na alimentação. A diabetes pode trazer sérias complicações (cegueira, mau funcionamento dos rins ou feridas nas pernas), além de facilitar o aparecimento ou o agravamento de problemas cardíacos. Os pacientes diabéticos devem manter a doença sob controle a partir de dieta, exercícios, redução de peso e medicamentos prescritos pelo médico.

  • Diabetes

A diabetes é causada pela falta ou ineficiencia de insulina, esta é uma hormona fabricada no pancreas. A função da insulina é fazer com que o açucar(glicose) que circula no sangue entre nas células do nosso organismo. A glicose é a forma mais simples de açucar que serve de fonte de energia para o nosso corpo. A glicose que circula no nosso sangue vem da transformação dos alimentos que ingerimos.

A massa, o arroz, o pão e os cereais integrais, os legumes e outros produtos hortícolas, contêm açucares de absorção lenta que são assimilados e trnsformados lentamente em glicose, estes podem ser ingeridos pelos diabéticos.

Os açucares, os doces,os bolos, os chocolates, as farinhas mais refinadas, os refrigerantes têm açucares de absorção rápida, os diabéticos devem evitar.

A diabetesle acelera a formação de aterosclerose nos grandes vasos que conduzem o sangue ao coração e ao cérebro, Também a diabetes se associada a outras factores de risco cardiovascular. Por estas razões a principal causa de morte dos diabeticos são sa doenças cardiovasculares.

Um bom controlo da diabetes e de todos os factores de risco cardiovasculares são fundamentais para aumentar a longevidade do diabético.

O tratamento da diabetes consiste na odopção de um estilo de vida saudável, com uma alimentação equilibrada, com exercício físico regular, sem tabaco e com a ingestão dos medicamentos prescritos.